No dia seguinte em que o Brasília Vôlei fez grande partida contra o Osasco São Cristóvão Saúde, uma das principais potências do voleibol brasileiro, a oposta Arianne fala sobre o bom momento do time candango e seu individualmente. Ariane é a terceira maior pontuadora da Superliga feminina de vôlei 2021/2022 e a segunda melhor jogadora no saque.
Com jogos já realizados até a nona rodada da fase classificatória –o Brasília Vôlei tem um jogo a mais – e ocupa apenas o nono lugar, com 10 pontos. O time candango tem 10 jogos disputados, sete derrotas e três vitórias.
Já Arianne aparece como terceira maior pontuadora do campeonato, com 175 pontos marcados – acima dela estão Tiffanny, do Osasco, e Nia Reed do Sesi Vôlei Bauru – e segunda melhor no saque, com 16 aces, atrás apenas de Carla, também do time de Osasco. O bom resultado individual não enche os olhos da oposta. Aos 32 anos, a jogadora sabe que o grupo sempre está acima de qualquer interesse individual.
E é assim, com essa postura e maturidade, que Arianne vem se destacando no time do Distrito Federal: dando exemplo e colocando o coletivo sempre como prioridade.
Conheça um pouquinho mais sobre a oposta
– Ontem vocês tiveram um jogão e quase ganharam de uma potência do vôlei brasileiro, que é o time de Osasco. O que você acha que vem sendo primordial para o crescimento do time ao longo da competição?
“Foi um jogão. Mérito toal do Osasco ali nos detalhes, mas tenho que enaltecer muito o meu time mesmo e o ponto mais forte é a unidade. Não é uma atleta, não são duas. A gente está em uma evolução como equipe muito legal de ver dentro da quadra. Cada vez mais entrosada, fazendo opções melhores e abusca incansável de cada vez errar menos
– Você acha que o seu time está surpreendendo inclusive aos adversários?
Brasília é um time hoje na Superliga do meio para baixo na tabela. É um time que vai sempre brigar com os grandes, sempre tentando arrancar pontos ou surpreender. Já viemos com essa carga, com essa responsabilidade e estaremos sempre prontas, treinando muito, trabalhando muito a cada jogo. Cada jogo é uma guerra.
– Onde você acha que essa equipe pode chegar?
Nosso objetivo principal é ficar entre os oito, mas estando ali diariamente e com a experiência que tenho, sei que esse time tem potencial para estar muito melhor inclusive do que já está. Por isso eu acredito que muita coisa boa vem por aí ainda, acredito muito no nosso time para estar ali na metade da tabela.
– Individualmente, você está fazendo uma ótima Superliga. Terceira maior pontuadora e segunda melhor jogadora no saque. Você está feliz em Brasília? Considera essa uma grande fase da sua carreira?
Sem sombra de dúvidas é a melhor fase, na verdade é uma fase com resultados, mas não posso deixar de lembrar por tudo que eu já passei na minha carreia, que é o resultado de onde estou hoje. Eu sou muito grata por tudo que eu já passei e que venho vivendo. Realmente é um número individual muito bom, mas eu devo isso a todo o meu time. Sem elas não seria possível acontecer. E eu estou muito feliz aqui em Brasília, como sempre fui muito feliz nos times que eu passei.
– O que você almeja pra sua carreira?
Eu não sou mais considerada uma atleta jovem. Mas nunca estive tão bem mentalmente e fisicamente. A maturidade chegou de uma forma muito boa e importante. Quero aprender muito ainda e me desenvolver cada vez mais.
– E fora do vôlei, como você se define?
Na minha vida pessoal, é parte do que eu sou dentro da quadra também e vice-versa. Vivo bons momentos na minha vida e, como pessoa, sou muito curiosa, estudiosa, adoro ler, então faz parte da evolução essa busca por conhecimento, além da evolução espiritual, física, comportamental, mental, psicológica, então, sou uma grande calçadora de aventuras, objetivos, metas.
