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Depois do susto, Marlon está de volta as quadras e em breve volta aos jogos

A primeira crise de retocolite ulcerativa aconteceu em 2010 e quem acompanhou o Campeonato Mundial deve se lembrar que a seleção brasileira ficou com apenas um levantador, Bruninho, a disposição. Depois, outra crise em 2016. E, agora, por último, mais uma. Dessa vez bem forte. A doença deixou o levantador Marlon afastado das quadras desde setembro e internado desde dezembro. Foram momentos bem difíceis.

Mas, o site Na Nossa Rede gosta mesmo é de dar boas notícias. Então, fomos conversar com o Marlon para passar as novidades para vocês e é o próprio jogador que chega com a ótima notícia: “não dá para precisar se na primeira semana ou segunda, mas a previsão para que eu volte para jogar é fevereiro”, contou o experiente e consagrado levantador que, nesta temporada, defende o Farma Conde Vôlei-São José.

Por enquanto, há duas semanas, o jogador vem fazendo um trabalho separadamente – tanto físico, como já com bola. É preciso recuperar o tempo em que ficou afastado e Marlon, sempre dedicado e absolutamente disciplinado, esta focadíssimo. Mas, para chegar a este estágio, o levantador precisou ter paciência.

“Essa doença foi descoberta no Mundial, depois, tive outra crise em 2016 e essa agora em 2021. Começou em setembro, na segunda quinzena, e foi piorando até chegar no grau de internação, no dia 6 de dezembro. Nesse processo perdi 12 quilos, tive uma perda física muito importante, mas que já está sendo bem recuperada e controlada”, contou Marlon, que prosseguiu.

“Em relação a doença, no início dessa crise mais severa, eu não entendi que chegaria ao ponto em que chegou, mas aconteceu. Hoje já me encontro em um processo de reabilitação bem legal, já recuperei três quilos e me sinto muito melhor”, disse o levantador do Farma Conde Vôlei-São José.

Marlon ja faz exercícios separadamente (Foto: reprodução TV Globo)

A evolução vem contando com disciplina, foco e uma dose generosa de amor. “O acompanhamento nutricional está fazendo muita diferença, em especial da minha esposa, que é nutricionista e tem feito, juntamente com a profissional do esporte nutricional também, o meu controle”, destacou Marlon.

O levantador, claro, ainda tem contado com o apoio irrestrito do staff do time de São José dos Campos (SP). “Estou com todo o apoio da equipe no aspecto de treinamento e disponibilidade para me ajudar. Tudo isso tem sido fundamental”, afirmou Marlon.

Neste período de duas semanas de retorno a alguma atividade, o jogador tem sido pura dedicação no objetivo de ganhar cada vez mais confiança para o retorno com o grupo.

“O meu retorno as quadras aconteceu há duas semanas, e faço um treinamento personalizado com bola, buscando já um horizonte que penso ser final deste mês para que eu comece a entrar nos treinamentos com  equipe. Até o final do mês eu devo mesmo fazer um trabalho a parte justamente para que eu tenha mais segurança para estar ativo com o time”, explicou Marlon.

“Agora eu faço treinamentos controlados com as movimentações e quando estiver com o time a coisa é mis no feeling. Preciso de um pouco mais de tempo ainda, além de precisar recuperar mais três quilos dos 12 que eu perdi. Preciso estar em um padrão de seis quilos para evitar lesões ou contratempos nesse período de retomada”, detalhou o levantador.

Marlon defende o Farma Conde Vôlei-São José (Foto: reprodução TV Globo)

Processo pessoal envolvido

Além das questões físicas, técnicas, táticas ou de qualquer outro ponto ligado ao vôlei, quando a crise vem, Marlon tem que encarar, também, um processo pessoal nessa questão. Afinal, as crises de retocolite ulcerativa são causadas, em sua maioria, por estresse.

“As crises dessa doença são desencadeadas principalmente por fatores emocionais, pelo estresse negativo. E o que alimenta a doença é uma má alimentação, e eu sempre tive uma alimentação muito regrada. Hoje, inclusive, tenho que ter um trabalho mais direcionado para quem tem essa doença para quando eu tiver meus estresses lá na frente, que eu precise controlar só as emoções e a parte nutricional esteja bem equilibrada”, concluiu Marlon.