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Filipe Galdino une as paixões pela música e pela fisioterapia no dia a dia do Itambé Minas

A música, normalmente, tem um poder forte sobre a gente. Ela é capaz de alegrar, fazer refletir, trazer lembranças boas e, às vezes ruins também, mas geralmente ela chega como uma forma de carinho. Muitas vezes a música se torna uma paixão. E esse é o caso de Filipe Galdino, um também apaixonado pela fisioterapia. E assim é a sua rotina: durante o dia trata, recupera e cuida dos atletas do Itambé Minas e à noite, em casa, se dedica a música.

Aliás, a noite por muito tempo foi seu ambiente de trabalho, mas o esporte acabou tirando Galdino do ofício de DJ. Agora a música se tornou um lazer, embora seu equipamento seja de altíssimo nível. O som, antes tocado para uma galera nas noites, é, agora, para família e amigos seja nessa sua super estrutura em casa ou no dia a dia com o time através de sua caixinha portátil.

Tudo começou quando Galdino era ainda uma criança. “A minha família é muito musical. Cresci embrenhado em música. Minha mãe e meu pai super incentivadores. Já tive banda com meu pai e tenho a minha mãe como referência em estudos de piano e teclado. Acho que começou assim”, contou Filipe Galdino.

Naquela época, a música foi tomando cada vez mais espaço e a coisa foi ficando séria. “Do piano passei para a guitarra, sempre quis tocar bateria. Herdei o ouvido de baixista do meu pai”, disse Galdino.

Galdino e o super equipamento que tem em casa (Foto: arquivo pessoal)

Aí, então, veio a paixão pela profissão de DJ – algo que, por mais estranho que pareça, remeteu ao tempo em que Filipe Galdino era atleta da natação.

“A música eletrônica me pegou. Me tornei DJ, mas, noite e esporte não combinam muito, então fui deixando aos poucos. Hoje tenho preferência por tocar sunsets. Sempre tive esse sonho de ter os aparelhos, e quando pequeno, nas viagens com a equipe de natação, eu pegava o microfone e fazia a farra, brincada de locutor de rádio”, relembrou.

E foi através da natação que o esporte entrou e permaneceu até hoje na vida do fisioterapeuta.

“Eu era nadador e vivia imerso no esporte. Na época do vestibular, a primeira escolha foi Educação Física e a segunda, Fisioterapia. Mas, acho que a fisio me escolheu. Assim como o voleibol me escolheu. Fui encontrado pelo Ricardo Picinin, Rommel Milagres, o Fisio Ricardinho, e, assim, o vôlei só colocou gente fera na minha vida”, contou Galdino.

Filipe Galdino em ação com o time masculino do Minas (Foto: Orlando Bento/MTC)

Convite para a seleção

Os feras, então, levaram Filipe Galdino a estagiar no Minas Tênis Clube de 2008 a 2010. Depois ainda passou pelo futebol do Cruzeiro, e, no final de 2012 veio o convite para a seleção brasileira infantil.

“Fui convidado para seleção infantil e, na sequência, acabei ficando na juvenil com Maurício Thomas. Sou privilegiado, vivi um momento maravilhoso em Saquarema. Estava perto dos maiores e mais vitoriosos como Sr. Hélcio Nunan, Antônio Rizola, Zé Roberto, Bernardo, Luizomar, Picinin, sem falar nos atletas. Tanta jogadora que brilha hoje e a gente viu crescer”, recordou Galdino.

Amor pela fisioterapia

Quando questionado sobre a dificuldade em ter que deixar o trabalho como DJ para se dedicar a fisioterapia, o profissional respondeu sem pestanejar: “foi nada. Eu sou bem tranquilo com isso, porque, de toda maneira, a música sempre esteve presente. Estou sempre carregando uma caixinha de som, montando playlists”.

E a profissional preenche o dia a dia de Galdino com amor. “Fisioterapia é incrível na minha vida, desafiador, a responsabilidade pelos atletas me dá um gás a mais. Na verdade, me enche de orgulho fazer com que eles se tornem pessoas fortes para o vôlei e para vida. A gente sabe que é doloroso, mas faz parte do show, e aquele que suporta mais se sobressai”, afirmou.

Música e fisio juntas no dia a dia

Enquanto o treino não começa o treino de verdade, rola uma musiquinha. Depois que acaba e o fisio comparece para aquele alongamento especial, geralmente está rolando de novo. É assim no ambiente onde Galdino está. E ele garante que os atletas curtem.

“Desde 2012, as meninas entravam super no clima. Na seleção peruana, onde também trabalhei, conheci um outro universo de música e de dança e hoje os gostos musicais são bem diversos. O Maique está sempre antenado nas atualidades do Tech-house, house music e a gente troca figurinha. Com o William compartilho muito informação sobre discos de vinil, histórias, e por ai vai”, contou Galdino.

O número exato de quantos discos tem em casa, ele não sabe, mas são raridades de uma lista que inclui Beatles, Pink Floyd, Ella Fritzgerald, Frank Sinatra, Led Zepellim, Billie Eilish, Florence and The Machine, Coldplay, Michael Jackson, entre outros.

Para justamente facilitar o acesso a essas preciosidades, Galdino criou uma página no Instagram chamada @radio_jamming. “Quero ir aplicando. Acho que esse universo precisa ser acessível. Lá tenho chorinho, samba, Nelson Gonçalves, Benito de Paula, Tim Maia, Raul Seixas e etc”, concluiu Filipe Galdino.