Desde 2017 o Brasil não tem um resultado tão expressivo no vôlei de praia como o título da Copa do Mundo de Viena conquistado por Evandro e André. As recordações são muitas e, claro, o carinho por essa competição é enorme por parte dos atletas e comissão técnica. Neste início de 2022, em um resgate de importantes retrospectos e resultados, procuramos pelos dois craques para relembrar aquela fase.
Aquele ano foi realmente especial. Evandro e André foram campeões brasileiros, campeões do Superpraia, campeões do Circuito Mundial, campeões da Copa do Mundo e ficaram com a prata no World Tour Finals em Hamburgo. Evandro ainda bateu o recorde de saque de todos os tempos da Copa do Mundo com 43 aces e os dois juntos ficaram em segundo lugar em bloqueios com 33.
Ao relembrar de tudo isso, Evandro é o mais entusiasmado. O jogador era o mais experiente da dupla e, aos 27 anos, teve, também, a responsabilidade de comandar o time dentro de quadra.
“Na final, estávamos bastante ansiosos. Eu era o mais velho e tentei controlar bastante o André, ser o mais cabeça possível, tentar deixar de lado a drenlin e a emoção e agir com a razão. Tanto que a gente nem comorava tanto. Jogamos bastante concentrados. Deixamos mais para comemorar no final e lembro que, no último ponto, eu não sabia nem o que fazer. Começamos a pular e foi bem legal”, se divertiu Evandro.
O jogador ainda fez questão de relembrar momentos que considera especiais ao longo do campeonato.
“O ano de 2017 para mim e para o meu parceiro da época foi muito especial. Ganhamos etapas do Circuito Mundial, fomos bem no Brasileiro e tínhamos como objetivo chegar a um final de Copa do Mundo. Conseguimos fazer bons jogos e passar em primeiro da chave depois de jogos emocionantes, que nem a gente sabe como conseguiu virar. Foi muito bacana”, lembrou Evandro, que fez questão de elogiar o parceiro.
“O André fez grandes pontos de bloqueio e eu fui bem no saque, que é o fundamento onde eu tenho total confiança em mim e que venho me dedicando diariamente, querendo ser o melhor temporada a temporada. Em 2017 consegui bater um recorde de saque, que era meu mesmo. E conseguimos chegar ao nosso objetivo”, disse Evandro.
André Stein tem, ainda, mais um motivo para comemorar. O jogador foi o mais jovem a ser campeão de uma Copa do Mundo. Aos 22 anos, o brasileiro fez história na competição.
“A Copa do Mundo de 2017 foi a minha maior vitória na carreira e foi bem especial para mim porque, além de ser campeão, na época eu fui o mais novo a vencer esse torneio e isso já era algo bem importante”, contou André. O atleta lembra que esse era um sonho que parecia distante e que foi conquistado bem antes do que ele imaginava. “Dois anos antes, em 2015, eu estava assistindo esse mesmo torneio pela televisão sonhando se eu um dia jogaria uma etapa dessa. Dois nos depois eu estava la sendo campeão em um virada espetacular diante do maior publico que eu já joguei. Depois disso cresci muito em maturidade e confiança e para mim tudo o que vivi foi muito especial”, concluiu André.